segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

 

Para Eduardo Campos, aliança com REDE foi o fato político do ano no país

(A) A aliança PSB-REDE foi o fato do ano no Brasil, porque permitiu formar uma unidade em torno de valores políticos, e não de interesses políticos. Com essa afirmação categórica e remetendo-se aos bons resultados já colhidos desde a união entre as duas siglas, em 05 de outubro, o presidente Nacional do PSB, governador de Pernambuco, Eduardo Campos, saudou na manhã desse domingo (15) as lideranças e militantes que participavam do primeiro Seminário Programático da Rede Sustentabilidade, em Brasília.

Ao lado da fundadora da Rede, a ex-senadora Marina Silva, e acompanhado pelo vice-presidente Nacional do PSB, Roberto Amaral, o primeiro secretário Nacional do partido, Carlos Siqueira, e o líder socialista no Senado, Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Campos participou da abertura oficial do seminário e acompanhou, durante toda a manhã, a mesa de debates sobre Fundamentos para a Política Econômica.

Ele destacou o esforço - bonito e meritório - da militância da Rede no processo de abertura de novos canais de representação que estão reaproximando a juventude da política. “Isso é fundamental neste momento em que o capitalismo vive sua mais profunda crise, e que já se alonga há cinco anos”, apontou. “Precisamos de novas formas de pensar o futuro da humanidade e o esforço da REDE nesse sentido é valoroso, tanto que desde 2010 vem recebendo uma solidariedade extraordinária da população”.

Apesar deste importante papel, lamentou Eduardo Campos, a REDE foi impedida de apresentar as suas propostas para essa mudança nas eleições de 2014, “mesmo com a população saindo às ruas para gritar contra a velha política e mesmo com muitos dos que ajudaram a construir a democracia no Brasil não entendendo este recado”.

 
Decisão acertada 

 Referindo-se ao fato de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter negado o registro de partido à REDE, em 03 de outubro, quando faltavam apenas dois dias para a datal final das filiações a novos partidos, ele ressaltou à militância que a decisão de Marina de buscar a aliança com o PSB não foi a mais fácil. Ainda mais que ela trouxe uma proposta inédita no país, de uma parceria política em torno da construção de um programa de governo como ponto de partida para a campanha eleitoral. “Ela surpreendeu o pensamento convencional da velha política, do toma-lá-dá-cá”, apontou. “Mas o tempo e os debates que já conseguimos produzir em dois meses vão mostrando o acerto dessa decisão”.

E o acerto de PSB e REDE, reforçou o líder socialista, está essencialmente em rejeitar essa velha política e o jogo de “fazer eleições atrás de eleições e por elas ir reproduzindo o poder de alguns, sem que esse poder se transforme em melhorias e mudanças para o país e seu povo”.

O compromisso da aliança PSB-REDE é com o novo, com a mudança, reafirmou Campos, bastante aplaudido pelos presentes também ao registrar duas coincidências muito significativas para ambas as siglas na data escolhida para o seminário – 15 de dezembro é o dia do nascimento de Chico Mendes, sindicalista e ativista ambiental do Acre, companheiro de lutas de Marina que foi assassinado em 1988 e que, se vivo, completaria 69 anos; é também véspera do aniversário de Miguel Arraes, exilado político da ditadura, ex-governador de Pernambuco, ex-presidente do PSB e que na segunda-feira (16) faria 94 anos.
“Tanto a nossa história quanto a da REDE é a história de gente que nunca se vendeu e que acredita em construir um país com a força do povo”, lembrou ele. “Nossa tarefa é discutir o conteúdo da mudança que o Brasil precisa hoje. Por isso estamos aqui discutindo um programa de governo, para depois construir um programa político para ganhar as eleições e poder fazer pelo Brasil o que muitos puderam fazer e não fizeram”.

PPS 

Campos aproveitou, então, para anunciar que o Partido Popular Socialista (PPS) deve se juntar ao PSB e REDE nessa construção. Ele irá se reunir com o presidente nacional do PPS, Deputado Federal Roberto Freire, nesta segunda-feira (16) para firmar o apoio do partido à aliança e adiantou que os três (ele, Marina e Freire) devem se reunir no início do ano. “Estamos felizes com a chegada do PPS”, afirmou.

O socialista também relatou que nos pouco mais de dois meses depois da aliança esteve em vários estados reunido com o pessoal da REDE, sem Marina, e que ela fez o mesmo, reunindo-se em outros estados com lideranças do PSB. “Me senti em casa, junto a pessoas com as mesmas ideias e valores, e posso afirmar que Marina também”, disse ele. “Já estivemos em mais de 20 estados e percebemos claramente que as coisas estão indo com grande tranquilidade; que vamos ter capacidade política para andar juntos em todos os 27 estados do Brasil e transformar um revés em vitória, fazendo o povo vencer em 2014”.

Marina Silva 

No mesmo sentido, Marina Silva assegurou que hoje há uma compreensão clara na maioria dos militantes da REDE de que a decisão de se unir ao PSB após a derrota no registro como partido foi mesmo a mais acertada. “E estarmos aqui reunidos, mais uma vez em poucos meses, em torno da construção de um programa conjunto é a prova disso”, observou. “Tínhamos duas posturas para escolher naquela hora: assumir que estávamos destruídos como partido ou não permitir que acabassem com os nossos sonhos, propostas e ideias. Escolhemos a segunda e estamos agora produzindo uma unidade na diversidade”.

A ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente ressaltou ainda que não é possível construir o novo do nada, mas a partir da consciência crítica do que veio antes, incluindo aí os acertos anteriores, que não podem ser destruídos. “É o caso da estabilidade econômica, que debatemos aqui no seminário”, exemplificou. “Não podemos perder de vista que a verdade não está com nenhum de nós, ela está entre nós, e é com essa consciência, de que não há verdade absoluta aqui, que vamos estabelecer essa nova visão da política que tanto almejamos, com um novo processo e uma nova estrutura”.

Para Marina Silva, o desafio no momento é PSB e REDE serem capazes de se ater ao conteúdo, ao que está acontecendo no leito do rio, e não se deixar empurrar para as margens. "Vão fazer todo esforço para que façamos a repetição dos mesmos erros (dos outros partidos), porque assim seremos todos iguais, falando as mesmas coisas, agindo do mesmo jeito, com as mesmas propostas e, inclusive, com as mesmas práticas que não estão mais sendo aceitas pela sociedade", advertiu ela. “Mas nós não perderemos o foco, seguiremos dialogando com a candidatura já posta do PSB, com as nossas melhores esperanças e capacidades de inovação”.

Debates do Seminário 

O primeiro Seminário Programático da REDE Sustentabilidade debateu, além dos Fundamentos para a Política Econômica, também propostas para uma Reforma do Estado. Na tarde de domingo, foram formados grupos de discussão sobre os temas: políticas sociais para redução das desigualdades, segurança pública, desenvolvimento rural sustentável, cidades sustentáveis e sociedade do conhecimento: educação e inovação. (Márcia Quadros - Assessoria de Imprensa do PSB Nacional)

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